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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A Cura é um Estado de Consciência



É importante , ou pelo menos pode ser curioso, saber que as terapias utilizadas hoje encontram ressonância nos métodos dos antigos terapeutas egípcios e essênios.
Para os egípcios, assim como para os essênios o conceito de doença e saúde estava ligado à dimensão sagrada do Ser Humano.
Para eles os Seres Humanos eram concebidos como uma árvore cujas raízes estavam num lugar Celestial. Não consideravam o corpo um simples mecanismo terrestre aperfeiçoado, mas como parte de um Todo onde as raízes cresciam no Universo Divino.
Nem por isso desprezavam a matéria densa, ao contrário, a consideravam o primeiro degrau de uma grande escada através da qual o homem alcançaria o sutil Oceano Causal.
Os terapeutas essênios e egípcios que dominavam a própria arte ,sabiam que deveriam subir o mais alto possível esta escada para identificar as origens de uma doença.
Por isso quase sempre os centros terapêuticos eram Templos.
O equilíbrio e a cura não poderiam ser tratados em quaisquer lugar ou condições, visto a origem Divina do Homem.
Todo o local era energizado e harmonizado considerando a dimensão sagrada do Ser . Nestes ambientes , chamados muitas vezes de ” Casa da Vida”, existia uma estreita conexão com ritos iniciáticos, e desta forma era impossível ser um terapeuta sem ser um sacerdote, ou seja , passar por estudos e conduzir uma vida dedicada às reflexões metafísicas.
Nada era visto de maneira separada, tudo era vivido como estados diversos da metamorfose de uma imensa Corrente de Vida, em busca da felicidade .
Felicidade e dedicação eram os sentimentos principais durante todo o trabalho terapêutico. Existia uma alegria em ser um curador, o local exalava esperança de cura.
Podemos aqui, refletir como é a atitude de nossos curadores hoje em dia? Afinal sentimos a diferença em sermos tratados por profissionais da saúde, sejam eles dentistas, médicos, terapeutas, que amam o que fazem, não é mesmo?

O Local de trabalho – Espaço Terapêutico

Os essênios consideravam o local para a cura um “santuário”, não ligado a um dogma mas um espaço sagrado, considerando que Tudo era sagrado para eles na Vida. O local deveria ser sóbrio , com neutralidade para acolher a todos os corações e almas que ali chegassem.
A pureza estética era importante, pois cada detalhe da sala ficaria na memória do paciente. Cada raio de luz, objeto e aroma serviriam de arquétipos de referimento para a cura.
O local terapêutico, quase como um santuário, era um espaço fora do tempo, como uma ponte entre o doente, o terapeuta e o Divino.
Este ambiente sempre era consagrado, principalmente nos solstícios em rituais onde se faziam ofertas ao Tudo, à Vida. Sempre com grande alegria interior, sempre felizes pela oportunidade de Servir.
O Faraó Akhenaton acreditava que o verdadeiro sacerdócio era um “estado de Mestria” dos vários mundos interiores, que possibilitava o controle e domínio dos momentos alegres e felizes.
E neste espírito alegre e pouco dogmático eram realizados os ritos de consagração do ambiente. Essa consagração era um gesto natural, uma oferta espontânea e alegre .
A roupa do terapeuta também era importante, pois ficaria impressa na memória do doente . As vestimentas eram simples, limpas e discretas.
Concluímos que , apesar da certeza que os antigos terapeutas tinham da origem Divina do Homem, não deixavam ao acaso nada na Matéria.
Todo detalhe desde a escolha, consagração e como se apresentar ao doente era levado muito a sério, porque tinham consciência que tudo permaneceria no inconsciente da pessoa e poderia ajudar na abertura para a ação terapêutica.

CURAR – ESTADO DE CONSCIÊNCIA

Os futuros terapeutas eram escolhidos quando davam prova de possuírem uma humanidade profunda e serem capazes de manifestá-la. Não se escolhia um aluno, apenas pelo conhecimento científico.
O aprendiz deveria ter capacidade de escutar seu próximo e grande carisma , buscando sempre servir com amor e devoção, mantendo o contato com a Realidade Divina, independente de seu estado de humor e de ânimo, consciente de que era um canal da energia de cura.
Era comum encontrar na porta dos Centros Terapêuticos a frase:
“oferecemos o que somos”.

O estudo das terapias levava anos. Aprendiam a manipular óleos , plantas medicinais, leitura da aura , anatomia e estudavam profundamente os centros energéticos. Estudavam profundamente os corpos sutis porque estes precedem o corpo físico.

No início das sessões costumavam fazer a seguinte pergunta:
“com quem ou com que coisa você está em guerra?”
Encontramos nas escrituras Jesus perguntando de outra forma :
” Diga-me quem é seu inimigo?”

Percebam que essas perguntas demonstram como eles encaravam a doença. Porque tais perguntas fazem com que as pessoas falem de coisas verdadeiras de suas vidas.
Não era o corpo a ser consultado primeiramente mas a Alma.
E isso muda tudo!
Os antigos terapeutas acreditavam que o enraizamento de um estado conflitual se transformaria numa semente de uma futura doença, hoje chamamos de doenças psico somáticas.

Outro conhecimento já conhecido por eles é o termo “egrégora” ou mais modernamente, campo morfogenético. Eles sabiam que uma espécie de campo receptor e transmissor fazia parte da vida do Ser Humano. Uma ressonância que alimenta dentro de si pensamentos e focalizações de consciência.
Os antigos diziam: alimenta a cólera e beberai a cólera, cria amor e será nutrido de amor, se alimente o conflito, o conflito descerá dentro de você, mas se você semeia doçura a sua estrada acabará por ser pavimentada de unidade.

Vírus ou micróbios, mesmo sem terem microscópios, eram também conhecidos pelos terapeutas antigos, estes seres eram considerados como “entidade-doença”.
Os grandes místicos conseguiam adentrar o mundo do invisível e constatavam que formas pensamentos , egrégoras alimentadas pela espécie humana geravam múltiplos pensamentos do mesmo gênero que acabavam por ser habitadas, e depois controladas por formas embrionais de vida, geralmente emersas dos extratos mais baixos do mundo astral o do mundo etérico mesmo.

No próximo texto falarei ainda mais como esses maravilhosos curadores ajudavam os doentes na cura e principalmente na mudança de pensamentos e atitudes que sabemos bem, são a principal causa de nossos males .

por Ana Nardini – anadespertar@gmail.com

Fonte de estudo: livro “Così Curavamo” – Daniel Meurois-Givaudan – http://somostodosum.ig.com.br/

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